"Tu devia ser cozinheiro!"

Não sei quem disse isso até hoje, mas de alguma forma chegou em mim.

Eram dias da juventude. Entre quatorze ou quinze anos. Era minha a invenção de reunir os amigos do prédio e cozinhar algo porquê nessa época não existia a dinâmica simples do delivery e muito menos autonomia para sair por aí procurando um local para comer.

"Vamos fazer cachorro quente! É só comprar as coisas e misturar." – Adoscelente com tempo.

Lá estava eu com vários amigos na cozinha fazendo a primeira panela de molho de tomate. Leia 'fazendo' com a percepção de um adolescente (sachê de molho de tomate + salcichas). Com o tempo fui entendendo que existia a possibilidade de mudar ou alterar o sabor com algumas formas de fazer-diferente. Tudo isso só foi possível porquê nessa época eu namorava a Laíssa M. a qual sempre topou tudo e mais, era quem desenrolava na cozinha junto comigo - e claro sozinha também!

Depois dessas temporadas de cachorros quentes entramos em desafios maiores. Leia-se hamburgueres, batatas fritas e por fim... os churrascos. Era o Deck onde todo final de semana reunia grande parte das pessoas que fizeram parte dessa época juvenil e que em algum momento guardaram alguma situação inesquecível/constrangedora de um simples dia de churrasco.

Posso citar umas como: brigas e amizades abaladas, um indivíduo que quase veio a óbito engasgado com um pedaço de carne (salvei! esse Deus pode pôr na minha conta, que foi cena de filme), pais de amigos que se divertiram, banhos e banhos de piscina, bandas de rock tocando, casais que surgiram e outros que foram motivos e assunto durante todo o churrasco.

Sim! Esses momentos também foram palco de muitos romances juvenis.

Até que elavamos o nível com a ajuda e o auxílio de Israel C. B. que chegou como namorado de uma grande amiga minha e permanece na família até hoje como marido dela. Porquê elevamos o nível? Ele fazia massa de pizza!!!

Então surgiram as 'Kalzonadas'! Ou seja, kazones feitos na brasa. Mas esse episódio merece uma história toda peculiar porquê não quero dedicar poucas linhas as noites incríveis que jovens adultos de 18 anos tiveram. Apartir daqui a coisa fica mais séria! Não no sentido bíblico, mas no sentido de que tinha pizzaria que não fazia as iguarias que a gente foi capaz de inventar (contém ironia gastronômica).

E assim inicio essa parte cronológica da história que em breve irei pincelar mais detalhes e que por enquanto, mesmo parecendo poucos detalhes, no futuro será o suficiente.

Até porquê já começo devendo as receitas dos kalzones. =/